
Passo dias e noites pendurada num suporte em frente a um grande espelho, que é o meu consolo. Diariamente, os que por ali passam, me balançam, me dão piparotes na barriga, sacodem minhas pernas e braços e se põem a rir dos meus movimentos desengonçados.
Às vezes aparece uma garotinha que sente prazer em me arrastar pelo apartamento. Depois que ela se vai, novamente me penduram no suporte, então posso descansar e até mesmo consigo imaginar o que estão conversando na sala.
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